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  • Universo 75

POR ESSA 6 NUM ESPERAVA MERMO!



“Exploro chances, a vida é jogo de xadrez nesse Jumanji

Muita frustração gigante sob a ilustração de Dante

Distopia em meio ao mangue entre os traços

Na minha escrita faço entrega, jogo de palavras, punch

Natural mermo que eu manje

Sempre vão tirar da gente lágrimas, suor e sangue e isso independe dos pactos

Então pensa rápido, de forma autônoma, ativa

Nossos genomas vêem além da metafísica e a política econômica fábricas de injustiça

Paz ecumênica após fogo nos racista

Essa chama não se apaga prá dar zoom nas suas vista

AGANDOOM & Urso D'água e os louco se identifica

Carnificina - Bozo, a máquina mortífera

Boicote das vacina, negacionismo incinera

O cinismo aqui revela novas formas de exterminar

(Novas formas de exterminar se dissemina)”

-Urso D’água


Os lançamentos do UNIVERSO 75 são um meio atraente de perceber a construção da obra que vem se desenvolvendo dentro da cultura Hip-Hop e seus elementos, com inerente trabalho comunitário de resultados políticos nas áreas 75. Os CEP's foram se encontrando através dos anos até o movimento começar a se desenhar cada vez mais forte.


Parece ser uma subcategoria de selo, mas na verdade um Super Selo, UNIVERSO 75, que começa a trazer colabs de produtoras e novas visões do trabalho de artistas presentes nesta cena com personagens fictícios, contos, quadrinhos, e o que mais vier futuramente, com pretensão de desenvolver uma indústria inovadora de mais uma fração, que já se mostra bastante complexa e vasta, do agrupamento de memórias e vivências como registro histórico e artístico necessários elaborados pelas pessoas pretas de um lugar.


Essa resenha é para falar do mais recente EP lançado pelo UNIVERSO 75 em 29 de agosto de 2021: AGANDOOM & Urso D’água - Por Essa 6 Num Esperava. Mas vamos fazer alguns apanhados sobre referências dos artistas, através de ideias trocadas com eles e de materiais disponíveis na net.


Segue a sinopse:

"Carros voadores, implantes cibernéticos, drones assassinos, tecnologias táteis de comunicação acopladas à própria anatomia, são algumas das cenas cotidianas no UNIVERSO 75, realidade multidimensional onde o planeta Terra é uma distopia ultra tecnológica. No UNIVERSO 75, o planeta Terra é habitado por ciborgues, androides, mutantes, seres fantásticos e até Deuses esquecidos que vivem seus cotidianos “não tão fantásticos assim”, nas Zonas da Morte, territórios à margem do fim do mundo. É nesse cenário que as trajetórias de nossos anti-heróis AGANDOOM – um ser extraterreno -- & Urso D’Água – um ser intraterreno -- se conectam.


AGANDOOM é um refugiado intergaláctico de uma realidade alternativa onde todo seu planeta é constituído de Sósias do MC MF Doom. Pouco se sabe sobre seu planeta natal, apenas que após o falecimento de MF Doom em 2020, todo fluxo espaço-temporal da realidade de Agandoom entrou em colapso, autodestruindo-se em explosões subatômicas. No entanto, antes de ser tragado pelo limbo, Agandoom refugiou-se no UNIVERSO 75, com o poder que adquiriu ao roubar uma relíquia sagrada de seu povo: uma partícula do divino que incrustou em sua máscara.


Outros dizem que a história está parcialmente correta, já que apesar de Agandoom ter vindo de um planeta constituído integralmente de sósias de MF Doom, o ser extraterreno esqueceu de relatar que o colapso espaço-temporal que levou seu planeta e toda sua realidade a destruição, foi causado pelo próprio AGANDOOM, quando entediado em viver em um mundo de “sósias”, roubou uma pequena “partícula” de poder divino no formato de uma jóia. Artefato esse que era a base existencial de toda a sua realidade.


Urso D’água é um ser intraterreno que está no planeta Terra bem antes da maioria dos organismos vivos. Reza a lenda que as habilidades sobrevivencialistas inatas de Urso D’água o tornam o “herdeiro natural” do planeta terra em caso de cataclisma global, já que é munido da capacidade de sobreviver a tudo: frios glaciais, calor intenso do magma, as profundezas das zonas abissais e, até mesmo, explosões termonucleares.


Durante milhares de anos, Urso d’água viveu como um ser microscópico, logo, invisível para a maioria dos habitantes do planeta Terra. No entanto, esse quadro mudaria, quando o Urso D’água adquiriu habilidades simbióticas e passou a possuir corpos de outros seres vivos, transferindo para seus hospedeiros parte de suas habilidades sobrevivencialistas inatas.


O EP Por Essa 6 Num Esperavam é a coalizão despretensiosamente genial de duas potências criativas do UNIVERSO 75: AGANDOOM & Urso D’água. Esse encontro é na verdade uma fuga, pois como bem ilustra a capa, nossos anti-heróis estão destruindo uma parede de dentro pra fora: de onde estão vindo? E quem os persegue? E qual o propósito dos nossos anti-heróis?"



“Por Essa 6 Num Esperavam” é o terceiro lançamento fonográfico no formato de personagens fictícios do Universo75, anteriormente veio “Ronins”, por RaTTori Hanso & Yasuke uh Samurai Preto (novembro de 2020) e “MixTape Boom Classics”, por Big Troll & Mestre Bêbado (maio de 2021). Todas se passam em 2096 num futuro 75 anos à frente. Esse lapso temporal pode até não fazer diferença quando se fala de um futuro destrutivo e distópico tanto quanto ao caos secular, inclusive vigente, o qual os autores descrevem em suas letras, com personagens habituados com tecnologias de resistência ao ordenamento social de supremacia branca de guerra, controle e terror psicológico, que sobrevivem de forma a serem mutantes cada um a seu modo, - mirando, atirando e sem falhar, com beats sujos, caos, fúria e tumulto, flow e cadência que atraem na busca de vários prismas.


Com pouco mais de dez minutos, "Por Essa 6 Num Esperava" é um EP rápido e pode enganar à primeira vista quem saca a referência e de pronto “entende” que é apenas mais uma obra de fins meramente estéticos de sósias de MF DOOM já supracitados no release; toda a concepção da história vem com muitos signos narrativos, visuais, poéticos, musicais, instrumentais de arte como forma de guerrilha utópica, utilizando métodos muito particulares das áreas 75! Nesse sentido, fazer a audição do AKANNI podcast , episódios #03 e #04.

Trazendo tudo o que é contrário à essa indústria fonográfica que vem há anos tirando o poder dos verdadeiros donos da música de terem propriedade do que fazem, o desenvolvimento da lógica de home studios comunitários vem sendo aplicada diariamente como método sob a máxima “Criar - Produzir - Distribuir - Loop infinito” com o intuito de propagar a música rap do Recôncavo de forma totalmente independente e desenvolver uma indústria própria. E parece que nem deveria ser necessário falar que todo esse trabalho construído é o Hip-Hop em sua essência original, mas ele vem surpreendendo justamente por isso, por juntar os fragmentos (partícula do divino: arte - fé - espírito) deixados pelos mestres que vieram antes e emergir as novas formas de construir algo sólido.


De capa colorida e referência de histórias em quadrinhos e multiversos cinematográficos, o clima é de vilania. Urso D’água chega com sua personalidade introspectiva, falsa calma de pausas certeiras e voz alterada, sendo habitado por vários em um; AGANDOOM um por todos, flows variados e únicos, cortando os beats no fio da espada.


Aganju Uh Anti Influencer é o nome por trás do personagem AGANDOOM, que também assina os beats e compõe outros aspectos do EP como argumento e roteiro, e faz parte do Ibori Studio em Cachoeira, e é idealizador do Universo 75. Preto Charus, que dá vida a Urso D’água, também é produtor independente, faz a mix e fx de vozes e representa a Sinagoga Produções em Feira de Santana. Quem mixa os beats e faz a master é Billy Sujo do Sujeira Rec (Amargosa). É uma collab de produtores através de uma comunicação distante - tanto pela questão territorial dos artistas quanto pelas características dos personagens -, e que deu certo! Só que essa não é a primeira vez em que aparecem juntos: há, em mais três ocasiões, beats de Aganju com ritmo e poesia de Charus.


Eles se unem na faixa “Volte duas casas” da mixtape “O Boom Bap Está Morto” (dezembro/2020), onde Charus assina como X-Presso e divide a faixa com Big Troll. Depois como Preto Charus no EP “Esquizofonia” vem a track “Consciência além da pauta” (março/2021), e já como Urso D’água com “Intercâmbio de almas” em julho de 2021 no EP “Sujo Inconsciente - Diário de um apocalipse”. É curioso ouvir a transição dos personas de Charus nessas faixas pela alteração das vozes até chegar ao resultado que encontramos em “Por Essa 6 Num Esperava”.


“X-presso” também é o pseudônimo de beatmaker de Charus, que denota “ÉQueExpressoNasBatidas”. Aganju além de AGANDOOM já apareceu como Yasuke Uh Samurai Preto e Tiamath. Nota-se que os MC's têm uma íntima ligação com a questão de criação de alter egos e mudança de cosmos, deslocar o personagem para uma diferente visão da realidade e tratar de distopias caóticas e letais.


A identidade visual é uma peça importantíssima e grande referência para entender inclusive os próximos passos da indústria do Universo 75. Nesse sentido, outras produções fonográficas também caíram nas graças dos quadrinhos e as utilizaram como meio de atrair seu nicho.

Tempos atrás o DJ Chiba do grupo Opanijé deixou uns vinis comigo pra dar uma restauração e fazerem girar, pois estavam parados havia um tempo. No meio deles estava o maxi single “H.Aço” de 1999 do DMN, que chegou a ganhar o prêmio Hutúz em 2009 na categoria “Melhores músicas da década”. Lembrei dos trampos do UNIVERSO 75 com a capa e temática. O DMN existe desde 1989 e foi o grupo que o rapper Xis fez parte por um tempo, mas ele já estava em carreira solo na época do lançamento de H.Aço; Desde o primeiro disco do DMN, em 1993, já se fala em 4P (Poder Para o Povo Preto), o que hoje é o nome dado ao empreendimento de Xis com o DJ KL Jay, e que tem estado cada vez mais ativo, inclusive trabalhando em cima dessa referência dos comics. 1999 é o ano em que ele lança seu primeiro disco e estreia o selo 4P, com o emblemático “Seja como for”. Em 1996, Ghostface Killah havia lançado seu primeiro álbum solo “Ironman” (Homem de aço). 99 também é o ano do primeiro lançamento do codinome MF DOOM, com “Operation: Doomsday”.


Fica o registro:






A obra desse EP tem MF Doom como o maior expoente homenageado. Sua morte precoce aconteceu em 31 de outubro de 2020 e divulgada em 31 de dezembro de 2020, aos 49 anos de causa não revelada. Dessa forma, trágica e ironicamente, acontece mais um “doomsday” (apocalipse, traduzindo), para seus fãs.



Seu nome era Daniel Dumile, e junto com o irmão, o DJ Subroc, fizeram parte do grupo KMD (Kausing Much Damage - causando muito dano) - DOOM costumava ser Zev Love X. Em 1993, antes mesmo de terminar a produção do rejeitado segundo álbum do KMD, “Bl_ck b_st_rds”, seu irmão morreu atropelado e para ele foi o fim de tudo.




Depois de desilusões com a indústria fonográfica e utilizar muitos disfarces é que ele reaparece como MF DOOM (nome em referência ao vilão Dr. Doom do Quarteto Fantástico) em 1999 com seu disco “Operation: Doomsday” e se torna uma máquina produtiva, adotando outras várias personalidades como King Geedorah e Viktor Vaughn, ou Metal Fingers para produtor, além de fundir a personalidade do metal face com a de uma série de artistas. Ele não tirava sua máscara em nenhum momento.




Uma das parcerias mais conhecidas de MF DOOM foi com o monstro sagrado da música e dos beats Madlib com o disco “Madvillainy” de 2004, em que eles se tornam Madvillain, álbum que curiosamente contém alguns samples brasileiros pois foi bem na época em que Madlib havia voltado do Brasil, país que ele tem como uma das maiores inspirações de suas produções. Outra parceria que chama atenção em criatividade estética, fundamento e em trazer elementos da cultura pop foi a de MF DOOM e CZARFACE (grupo de 7L & Esoteric e Inspectah Deck do Wu Tang Clan):



...

Fuck with us, you insane in the mind

Foda com a gente, seu louco da cabeça

You cowards way out of line

Seus covardes fora da linha

Money talk, boy you wastin' my time

Dinheiro fala mais alto, cara cê tá me fazendo perder tempo

You don't want to put the work in

Você não quer colocar seu trabalho nisso

You just want a taste of the shine

Só quer sentir o gosto do brilho

Real talk, so it's hard to trust

Papo reto, por isso é difícil confiar

I'm in it for the long ride, like I drive a charter bus

Tô nisso pelo caminho longo, como se dirigisse um ônibus fretado

Scars and blood, from the deadly bars I burst

Cicatrizes e sangue, das barras mortais que estourei

In Czar we trust, the army buy they bombs off us

No Czar confiamos, o exército compra e eles nos bombardeiam

Blog about it naysayer, you can hardly doubt it

Faça um post sobre isso seu negacionista, você dificilmente duvidará

Who's the best? Who's the worst? We could argue hours

Quem é melhor? Quem é pior? Poderíamos discutir por horas

Runnin' through soldier field, I'm Jordan Howard

Correndo pelo campo de soldados, eu sou Jordan Howard

Nowadays they respect money more than power

Hoje em dia eles respeitam dinheiro mais do que poder

Money, power, respect, we all want some

Dinheiro, poder, respeito, todos nós queremos um pouco

I ain't waitin', I needed it, one lump sum

Eu não tava esperando, eu precisava de uma boa quantia

Made men trade hands with young guns

FIzeram homens trocar de mãos com armas jovens

They stopped manufacturin' the cloth that I'm cut from

Eles pararam de fabricar o tecido de onde eu cortei

…. (tradução livre)

- Inspectah Deck









Outra produção bastante influente principalmente para Urso D’água em relação ao persona

em si é Quasimoto ou Lord Quas, o alter ego rimático de Madlib que utiliza uma alteração de voz jocosa, beats cheios ruídos e irregularidades, psicodélicos e com bastante acidez na mensagem. Nesse sentido, o integrante De Leve do grupo Quinto Andar desenvolveu o Caramujo Sonolento que também influenciou a cultura de personas aqui no Brasil e ajudou a caracterizar a personalidade do tardígrado, junto com Lord Quas.







Todas essas referências foram trazidas para dar um gosto de entender como possivelmente os autores/personagens desenvolveram seus meios de fazer esse trampo e encontram lugar na arte do rap underground que afirma que o Boom Bap Está Morto e com toda a razão, já que os modos mainstream subvertem os motivos de estar lá, sendo muitas vezes apenas formatos variados de produtos bem envernizados (às vezes nem isso) sem base de permanência. Porém existem vias que conseguem hackear essa indústria de forma produtiva.


Mesmo com toda a precariedade quanto aos ideais de produção até mesmo desses referenciais do submundo, que estão em outro patamar do game, as intenções do EP “Por Essa 6 Num Esperava” se desenham muito bem, Aganju como beatmaker tem se saído cada vez mais criativo a respeito de sua evolução em relação a trabalhos anteriores e vêm contando histórias, como beats cinematográficos, em diversas imersões de texturas interessantes e improváveis, até mesmo não-musicais.


Aganju resolveu revelar o sample de “Alastra na cidade tipo crack”: vem da japonesa Hako Yamasaki do álbum Tobimasu de 1975, o nome da track é “Sasurai/wondering”, e graças à dica do amigo Fernando Gomes também encontrei esse mesmo sample na música de Makalister, em "A terça parte da noite não dormi". Das outras músicas, fica aí o mistério e o desafio. Quem desvendar a de “Flow das adagas” ganha um doce.

E, como já foi dito, os personagens desenvolvem personalidades muito diferentes, são dois escritores sem medo do que dizem em suas maneiras de expressão, o próprio Aganju já tem um timbre que lembra o de MF Doom e é fantástico ver a métrica do flow chegar em nosso sotaque sem perda nem hesitação. Outra coisa que acho que foi certeira na mixagem foi em várias passagens a voz de AGANDOOM estar um pouco fora da quantização do beat, e os efeitos aplicados ajudam a adubar ainda mais, o que pra mim gera um outro suingue na música, e é uma característica que Aganju costuma trazer em seu rap, aquela sensação de não deixar cair, de ir gerando um polirritmo.


E me parece que a dificuldade em unir essas vozes por conta da diferença de captação dos estúdios trouxe o que na verdade só acrescenta em originalidade; nas músicas de Madlib/Quasimoto, por exemplo, é comum encontrar num mesmo beat a variação de timbres e vozes, tipos de beats, ruídos repentinos, volume etc, às vezes é até difícil assimilar. Faz parte da estética musical, e nesse sentido o que poderia ser sujo (e é!?) na verdade é a graça da coisa.

Impossível não se emocionar com toda verdade do hip-hop artesanal e fora da curva elaborado de forma tão preciosista como a que temos aqui. “Flow das adagas” fecha o EP com o hihat fritando e caminha como quem brinca com adagas pro golpe final, com o aumento constante da tensão prá não deixar dúvida da mensagem: A ARTE SUPERA A TECNOLOGIA.

Colagem: 1Insurgente



Arte, fé, espírito ,


Partícula do divino

Versos futuristas

cadernos antigos

Náufrago, pirata ou corsário

AGANDOOM flow interplanetário

Todos meus excessos

Fazem parte de mim

Tipo coca cola, cocaína e dramin

Mesclado, Campari, remédio controlado

Sessão da tarde,

Rodrigo Faro

AGANDOOM tipo Galactus

O engolidor de mundos

Caos, fúria, tumulto

Teoria cósmica da música

Beats sujos

Rimas moleculares

Versos letais tipo um sabre

Raps subliminares

AGANDOOM, Urso D'água

Flow das adaga

Tempo implacável

Ele nunca para

Rap é a arte fio da espada

Desferindo golpes rasgando a alma

-AGANDOOM


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Ficha Técnica:

Letras/Composições: Agandoom & Urso d’água


Interpretado por: Agandoom & Urso d’água


Beat/Instrumental : Aganju Uh Anti Influencer


Mix/Master: Sinagoga Produções


Direção geral de Arte: Aganju Uh Anti-Influencer


Roteiro: Aganju Uh Anti Influencer


Direção criativa: Aganju Uh Anti-Influencer


Argumento: Aganju Uh Anti Influencer


Arte Gráfica da capa: 185mph/Havvik


Ilustração: 185mph/Havvik


Desenhista: 185mph/Havvik


Prod. Executiva: Ibori Studio


Distribuição em Streamings: Ibori Studio


Vozes de Agandoom gravadas no primeiro semestre de 2021, no Studio Ibori, Cachoeira –

BA


Vozes de Urso d’água gravadas no primeiro semestre de 2021, no Studio Sinagoga Produções, Feira de Santana – BA


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Sobre a autora:

Simone, DJ Sica ou Sica Sons é nascida em Santo Antônio de Jesus no Recôncavo baiano e morou em Salvador por mais de dez anos e desde 2017 atua como discotecária, pesquisadora e produtora cultural, tendo conhecimento técnico desenvolvido e aprimorado com o DJ Jarrão e com o projeto Pitch Girls promovido pelo coletivo Pragatecno, onde também teve seus primeiros contatos com produção musical e cultural.


Foi residente na festa Classudos Rap Jazz, onde compartilhava sua paixão por discos de vinil com o público. Participou de diversas ocupações de espaços culturais e ações de rua como com o coletivo A Roda + festa Embalô (lavagem do Bonfim/2018-2020 e dia de Iemanjá/2018), além de produzir eventos no projeto de ocupação da casa Mouraria53 no centro da cidade, onde foi coprodutora e residente da festa Embalô até o início da pandemia.


Na Twitch e nas lives tem se apresentado com a Soul Food, em que tempera um pouco do muito que gosta de diversas vertentes e décadas musicais.Explora diversas vertentes em suas discotecagens, sendo música brasileira e soul music as principais bases, com grooves desde os anos 60 aos dias de hoje, passeando com beats variados e também orgânicos, além de um pouco de tudo, em formato aberto, como r&b; rap, funk; disco; neo/new soul, afrobeat, afrofunk, tropicais caribenhas e afins... a partir disso investiga novas e antigas sonoridades que podem construir um diálogo entre si independentemente do lugar o qual elas vêm, pois existem conexões históricas sempre latentes em meio ao balanço.



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